Bom dia, camaradas!
Apenas como complementação as informações do @RicW e @anghinoni e esclarecimento à alguns não tão bem ambientados. Vou tentar ser bem resumido e objetivo. Claro, tentarei não ser chato, mas citarei coisas obvias do conhecimento de vocês e muitos aqui.
Deslocamento volumétrico de um motor a combustão interna: área do pistão x curso do pistão x nº de cilindros
Torque (força) é o resultado do efeito alavanca, que concerne no curso do pistão no efeito motor (explosão). Portanto, quanto maior o curso do pistão, maior será o torque e consequentemente mais demorado será a realização desse trabalho no motor, tendo como resultado rotações mais baixas.
Potência é o trabalho por unidade de tempo.
Há uma regrinha básica bem antiga. Quer torque? Faça um motor de curso longo e poucos cilindros, o que tem como resultado baixa rotação. Quer potência? Faça um motor de curso curto e muitos cilindros, o que tem como resultado alta rotação.
Claro, são determinados os objetivos com limitações aos engenheiros e os mesmos levando em consideração n fatores chegam a uma relação custo x benefício que determina o número de cilindros, com suas áreas e cursos dos pistões.
O torque tem como principal vantagem tirar da imobilidade, subir ladeiras, carregar peso. Características principais dada ao Golf TSI 1.4, para uso no dia dia.
A potência tem como principal vantagem dar velocidade. Mas a definição dela já diz muita coisa, trabalho por unidade de tempo. É na potência máxima que o motor consegue realizar a maior quantidade de trabalho no menor espaço de tempo.
Com o turbocompressor, tanto o torque como a potência são multiplicados até por várias vezes, como ocorre nos motores de Fórmula 1.
O turbocompressor é formado pelo turbo (rotor que recebe os gases quentes do motor) e pelo compressor (rotor que comprime o ar atmosférico). Tanto o turbo, quanto o compressor, tem limitações de rendimentos intrinsecamente ligados a geometria, número de pás, diâmetro, rotação e peso de seus rotores. Muito difícil ter os dois mundos num mesmo componente, digo, ser eficiente em baixa, média e alta rotação e ter pouco tubo lag.
Os engenheiros queimam as mufas para desenvolver motores turbocomprimidos com alto rendimento em baixa, média e alta rotação, sempre esbarrando na inércia deste componente, que é a principal causa o turbo lag. Ultimamente diminuíram esse atraso através do turbo de geometria variável.
Mas no nosso Golf, por ser um motor com prioridade em torque e não em potência, tem um turbocompressor pequeno, para ter baixa inércia e portanto, pouco turbo lag. Em contrapartida, este mesmo turbocompressor não vai conseguir manter com competência a pressão para os cilindros em alta rotação, momento em que aparece a potência máxima do carro. Daí a sensação que ele começa a perder aquele folego vigoroso que tem até as 4000 RPM aproximadamente.
Falei muito, fui redundante e disse pouco. rsrs
@anghinoni, sim, dá pra trocar as marchas em baixa rotação e andar bem rápido com o TSI 1.4, mas se quiser andar mais rápido ainda, não tem como fugir, vai ter que trocar as marchas entre 5500/6000 RPM. É lá que o carro é mais rápido, é lá que está a potência máxima! É la´que a cobra fuma!