Substituição fluido DSG GTI. Serviço mal feito!!!


Thiagocs

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Fiz a 6ª revisão na semana passada. Como era de se esperar, mais um serviço lambão da concessionária VW (com esse, são 2 (DOIS) serviços mal feitos no ano, em concessionárias diferentes de Brasília/ o outro foi a troca do líquido de arrefecimento).

De antemão, antes que alguém me critique, dizendo que se eu já sabia que o serviço de concessionária era porco e que não era obrigado a levar meu carro no local, friso que fiz a bendita 6ª revisão por causa da garantia, do carimbinho. Estou com o ACC sem funcionar e, a depender do problema quando for regulá-lo em breve, a garantia será extremamente necessária, haja vista os preços “módicos” das peças do Golf.

Antes de contar os fatos que me motivaram a escrever o post, comentarei sobre a parte final da troca das velas, por também considerá-la importante.

A revisão caminhava dentro dos conformes, até que chegou o momento em que o mecânico apertaria as velas. Ao perceber que ele arrocharia no muque, sutilmente,  perguntei e sugeri se não seria interessante utilizar o torquímetro. Ele fez aquela cara de que tinha esquecido e de preocupação, foi lá, pegou a ferramenta e aplicou o torque correto nas velas. Creio que ficou envergonhado, pois durante o torqueamento, começou a me dar uma série de explicações, dizendo que seria bom para não ter fuga de corrente, que se apertar muito estraga a rosca do motor, etc e tal (aliás, muito do que ele falou eu não sabia).

Pois bem, eu já estava todo felizinho, com o óleo do motor trocado, as velas e as bobinas instaladas, a parte do motor onde fica o filtro do DSG montada, com o óleo esgotado do reservatório, faltando apenas colocar o novo óleo no câmbio 02E (DQ250)  para o encerramento. Utilizando uma ferramenta esquisita, que, posteriormente, fiquei sabendo se chamar VAS6262-A, o mecânico colocou 5 litros do óleo para dentro do reservatório do DSG. Depois, pegou o último pote e colocou mais da metade do líquido para dentro. Em seguida, assim que levantava o elevador, mostrava para mim que o óleo retornava à garrafa. 

Até então, tudo caminhava bem. Entretanto, para não perder o costume, faltava o "Grand Finale". Com o motor desligado, ele retirou a arroela do bocal de escoamento do reservatório do DSG e, imediatamente, colocou o parafuso, momento em que escorreu um pouco do líquido novo. Perguntei sobre o procedimento de nível, o qual já tinha ouvido falar, mas que, naquela época, sabia apenas o nome, não como devia ser feito (confesso que queria me passar por entendido, apenas citando o nome, sem saber patavinas do que realmente se tratava). Ele me explicou que a vareta que é colocada antes do parafuso que fecha o reservatório do DSG, determina, automaticamente, o nível correto. Após fechar o reservatório, ele entrou no veículo, ligou o motor, colocou nas várias posições do câmbio, pegou o notebook, apagou os erros que constavam na ECU e, pronto, encerrou a revisão.

Ocorre que, fiquei com a pulga atrás da orelha sobre a explicação do procedimento de nível. Procurei vídeos no Youtube sobre esse assunto e, para minha infelicidade, percebi que ele não foi feito porra nenhuma. O mexânico somente jogou o óleo dentro do reservatório e fechou!

Não quero falar sobre o misto de sentimentos que tive após tal descoberta (mais de decepção e tristeza). Cheguei ao ponto de me questionar se conhecimento faz bem, pois como diz o ditado "ignorância traz felicidade" (brocardo polêmico, a discussão é longa...). Pensei, então, que se não tivesse procurado saber como era o procedimento correto, não teria me sentindo mal durante a semana.

Todavia, passado alguns dias, sabendo que fizeram merda no meu carro e preferindo a dor do conhecimento a ignorância da “felicidade”, passei a procurar por informações técnicas. Aliás, o que deveria ter feito antes da revisão, por isso, um pouco da raiva e decepção que senti foi comigo mesmo.

Busquei o manual de serviço da VW e aprendi através de uma tradução meia boca do Google como deve ser realizado o procedimento de nível. A meu ver, é muito simples, somente demanda um pouquinho mais de capricho e boa vontade do mecânico.

Também vi mais uma dezena de vídeos no Youtube sobre esse assunto e, por ser fácil encontrá-los, não preciso postá-los por aqui, apenas lembrar que eles existem e são de fácil acesso.

Mas, o que me motivou a fazer esse post (além do desabafo), foi o excelente material da APTTA Brasil que encontrei, que segue exatamente o manual de serviço da fábrica (como tal apostila está disponibilizada no site deles, gratuitamente, não vejo problemas legais em postá-la). Não sei se alguém já postou (não pesquisei), se ainda não, penso que ajudará muito os proprietários do GTI (quiçá até de Jettas, Passats…). Leiam e entenderão a minha raiva, decepção, tristeza (comigo também). 

Portanto, para que amigos do fórum não sofram a mesma situação, disponibilizo o link do material da APTTA Brasil (http://www.apttabrasil.com/si/site/0705, Troca do fluido 6), bem como o pdf no Igrum (http://imgur.com/a/AzqyQ). Sugestão: imprimam e exijam que façam o serviço como prescrito pela fábrica.

Por fim, ao procurar soluções, já ciente como se deve executar o procedimento de nível, escutei tanta besteira, para não falar asneira, de mecânicos da Casa de Amigos e de uma oficina de ex-funcionários da marca das argolas, que prefiro nem comentar (assunto para outro post).

Hoje entendo o brocardo jurídico quem paga mal, paga duas vezes, muito parecido com aquele que diz, mais ou menos assim, que achará um mecânico caro após passar por um barato.

Vida que segue...

 

 

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Cara, muito bom o seu relato! 

A 6a revisão do meu GTI não me obriga mais a mantê-lo dentro da CCS. Tendo em vista que já tive dor de cabeça com eles, por eles insistirem em colocar o óleo do motor com a espeficicação ERRADA, fico muito reticente em continuar a fazer as revisões lá.

Acredito que um bom mecânico numa oficina especializada dará conta do serviço!

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Em 15/08/2017 at 3:22 PM, ronaldo disse:

Boa tarde  ,  tenho  feito do meu GTI (e  de mais alguns proprietarios ) em  casa mesmo ,pelo  menos  sei  que  o serviço esta  sendo  feito direito e  com  os produtos  corretos....

Boa noite Ronaldo,

Tenho interesse em executar esse procedimento de troca de fluido do DSG 6,  tambem em casa, digo , eu mesmo pessoalmente. 

Vi vários videos , tenho manual da APPTA  (associação do profissionais  tecnicos em transmissão automática) do respectivo cambio, confeccionei um VAS 6262  com ajuda de um torneiro mecanico, porem não disponho de VCDS. No manual (citado), e em alguns vídeos que assisti, diz que a temperatura do fluido pode ser medida com termometro infravermelho para efeito do procedimento de escoamento do excesso  e consequente nivelamento do mesmo, (35 a 45 graus Celsius , nem mais nem menos)

 Fnalmente, como voce tem experiencia , a pergunta:   acha que pode ser usado o termometro infravermelho em substituição ao VCDS?  se positvo ,  qual seria uma possivel observação?  outra, qual o intervalo de troca desse fluido em  quilometragem  e tempo? ( no manual especifica , porém em se tratando de manutenção dou muitíssimo  valor as experiencias de profissionais e proprietários!)

Grato! 

Saudações!

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Boa noite Saulo, 

Primeiramente ,saiba  que  a  troca  que  vc fizer  por  mais  arcaica que  vc  possa  achar ,ainda  será melhor  do  que  a feita  em  ccs....respondendo  a  sua pergunta , sim ,voce  pode  usar  um  termometro  infravermelho  para  fazer  esse controle sem  problemas ,inclusive  ja  utilizei  em um  passat  pois minha  versão  nao  era  compativel  de VCDS....mas se  quiser  e  estiver perto  posso te  emprestar  meu  cabo  sem  problemas.....

Com relação  ao  intervalo isso  é  relativo....em  função da severidade  de  uso  do  veiculo.....com  relação ao  tempo ,ja  troquei  de  jetta  com  10  anos e  o  fluido  estava simplesmente novo comprovando  depois  com  analise.....mas  ja  troquei  de  GTI com  5 kkm  de  garotada que  estava totalmente  quiemado......meu  GTI esta  com 15kkm 2014 e  nem penso  em  mexer.....pela  ccs teria  trocado  por  tempo  qd  o carro  tinha 5kkm!!!!  absurdo......só  ficou  uma  duvida  pra  mim,  como vai fazer  a "troca simultanea" entre  o  fluido  novo  e  o  usado  utilizando  o VAS 6262 ???abraço

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15 minutos atrás, ronaldo disse:

Boa noite Saulo, 

Primeiramente ,saiba  que  a  troca  que  vc fizer  por  mais  arcaica que  vc  possa  achar ,ainda  será melhor  do  que  a feita  em  ccs....respondendo  a  sua pergunta , sim ,voce  pode  usar  um  termometro  infravermelho  para  fazer  esse controle sem  problemas ,inclusive  ja  utilizei  em um  passat  pois minha  versão  nao  era  compativel  de VCDS....mas se  quiser  e  estiver perto  posso te  emprestar  meu  cabo  sem  problemas.....

Com relação  ao  intervalo isso  é  relativo....em  função da severidade  de  uso  do  veiculo.....com  relação ao  tempo ,ja  troquei  de  jetta  com  10  anos e  o  fluido  estava simplesmente novo comprovando  depois  com  analise.....mas  ja  troquei  de  GTI com  5 kkm  de  garotada que  estava totalmente  quiemado......meu  GTI esta  com 15kkm 2014 e  nem penso  em  mexer.....pela  ccs teria  trocado  por  tempo  qd  o carro  tinha 5kkm!!!!  absurdo......só  ficou  uma  duvida  pra  mim,  como vai fazer  a "troca simultanea" entre  o  fluido  novo  e  o  usado  utilizando  o VAS 6262 ???abraço

Ronaldo, 

Desculpa a intromissão na pergunta direcionada ao Saulo, mas creio que não há como fazer troca simultânea com essa ferramenta VAS 6262-A. Primeiro se escorre o óleo, depois coloca o óleo novo dentro do reservatório utilizando essa ferramenta.

Troca simultânea penso que somente naquelas máquinas  para troca de óleo do câmbio automático, porém, não seria recomendado para o DSG, pois o óleo desse câmbio escorre todo ao abrir o reservatório, diferente do que ocorre com os automáticos.  Isso quem me informou foi o Pedro Paulo, que possui oficina homônima aqui em Brasília-DF, especializada em câmbios automáticos e afins. 

Você reside onde? 

Abs!

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3 minutos atrás, ronaldo disse:

Boa noite Saulo, 

Primeiramente ,saiba  que  a  troca  que  vc fizer  por  mais  arcaica que  vc  possa  achar ,ainda  será melhor  do  que  a feita  em  ccs....respondendo  a  sua pergunta , sim ,voce  pode  usar  um  termometro  infravermelho  para  fazer  esse controle sem  problemas ,inclusive  ja  utilizei  em um  passat  pois minha  versão  nao  era  compativel  de VCDS....mas se  quiser  e  estiver perto  posso te  emprestar  meu  cabo  sem  problemas.....

Com relação  ao  intervalo isso  é  relativo....em  função da severidade  de  uso  do  veiculo.....com  relação ao  tempo ,ja  troquei  de  jetta  com  10  anos e  o  fluido  estava simplesmente novo comprovando  depois  com  analise.....mas  ja  troquei  de  GTI com  5 kkm  de  garotada que  estava totalmente  quiemado......meu  GTI esta  com 15kkm 2014 e  nem penso  em  mexer.....pela  ccs teria  trocado  por  tempo  qd  o carro  tinha 5kkm!!!!  absurdo......só  ficou  uma  duvida  pra  mim,  como vai fazer  a "troca simultanea" entre  o  fluido  novo  e  o  usado  utilizando  o VAS 6262 ???abraço

Opa , gratissimo!

 o vas 6262 é aquela ferramenta para inserção do fluido por meio do orificio do bujão de escoamento, pretendo fazer da seguinte forma: faço o procedimento de escomento retirando o bujão e o tubo plastico que determina o nivel, apos escoar todo o fluido possivel, conectar   esse tubo com aperto apropriado, em seguida conectar o vas 6262  inserir a quantidade recomendada de fluido, 5.5 litros(1),  dar partida, colocar a alavanca de em cada posição ( )PNRD) , e  na temperatura de  35 a 45 graus C ,  retirar o vas 6262 , escoar o excesso,  recolocar o bujão com nova arruela de vedação , apertar conforme descrito.  Isso  é que acho farei!  ( deixei de fora os procedimentos preparatorios desmontagem , troca do filtro etc.)

Basicamente é isso que tenho em mente!  

Novamente obrigado pela atenção!

(1)há quem diga que não é necessario colocar tanto fluido, porem como não tem como retirar todo o oleo , penso que quanto menos  ficar, na hora do escomaento, e mais  inserir seria melhor.

Abraços.

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17 minutos atrás, Thiagocs disse:

Ronaldo, 

Desculpa a intromissão na pergunta direcionada ao Saulo, mas creio que não há como fazer troca simultânea com essa ferramenta VAS 6262-A. Primeiro se escorre o óleo, depois coloca o óleo novo dentro do reservatório utilizando essa ferramenta.

Troca simultânea penso que somente naquelas máquinas  para troca de óleo do câmbio automático, porém, não seria recomendado para o DSG, pois o óleo desse câmbio escorre todo ao abrir o reservatório, diferente do que ocorre com os automáticos.  Isso quem me informou foi o Pedro Paulo, que possui oficina homônima aqui em Brasília-DF, especializada em câmbios automáticos e afins. 

Você reside onde? 

Abs!

Boa noite Thiagocs,

Conforme o manual da APTTA o enchimento  total é de 7.2 l , na hora da troca sai aproximadamente 5.0 l,   a substituição  5.2 l, daí  a recomendação de inserir 5.5 l  para haver excesso  para  procedimento do nivelamento.

Em tempo:  não faria o procedimento usando aquelas máquinas , ficaria receoso  quanto a contaminação!

Abraços !

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8 minutos atrás, saulo coelho disse:

Boa noite Thiagocs,

Conforme o manual da APTTA o enchimento  total é de 7.2 l , na hora da troca sai aproximadamente 5.0 l,   a substituição  5.2 l, daí  a recomendação de inserir 5.5 l  para haver excesso  para  procedimento do nivelamento.

Em tempo:  não faria o procedimento usando aquelas máquinas , ficaria receoso  quanto a contaminação!

Abraços !

Saulo, 

Fiquei sem entender. Como assim o enchimento total é 7,2 litros e se coloca apenas os 5,5? Se for verdade, então a informação que recebi, de que o óleo escorre todo, não confere. Certeza dessa informação? Poderia, postá-la  por aqui, por favor. 

Vou apertar o tal do Pedro Paulo, que inclusive já fez o curso na APTTA, kkkk.

O câmbio, se não me engano, é o DQ250. 

Obrigado!

Abs!

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Agora, Thiagocs disse:

Saulo, 

Fiquei sem entender. Como assim o enchimento total é 7,2 litros e se coloca apenas os 5,5? Se for verdade, então a informação que recebi, de que o óleo escorre todo, não confere. Certeza dessa informação? Poderia, postá-la  por aqui, por favor. 

O câmbio, se não me engano, é o DQ250. 

Obrigado!

Abs!

Opa Thiagocs,  

lembra-se do manual da APTTA,  lá tem um item chamado capacidades:

Enchimento total 7.2

Substituição 5.2

Esse enchimento total se dá  na fabrica ou quando  da remontagem  em razão da execução de um reparo.

Creio  que a diferença entre o que retiramos na hora da troca, 5.0 l aproximadamente, e a substituição  5.2 , tem haver com a  evaporação, aumento do espaço  interno  em razão do  desgaste das embreagens... e outras variáveis, inclusive fala que se escoa 5.0l aproximadamente!

Postar creio que não posso em razão dos direitos autorais , mas entro em contato pelo zap.

A titulo de curiosidade: vi uma pessoa que iria realizar duas trocas consecutivas , uma imediatamente apos a outra, pois o trocador de calor, conforme dito por ele, tinha feito uma comunicação indevida entre liquido de arrefecimento e fluído, como não queria desmontar o cambio, fez essas trocas para retirar a contaminação, isso faz todo sentido uma vez que não se consegue, convencionalmente, escoar todo o fluído.

 

Abraço.

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  • 2 weeks later...
Em 21/08/2017 at 7:54 PM, ronaldo disse:

Boa noite Saulo, 

Primeiramente ,saiba  que  a  troca  que  vc fizer  por  mais  arcaica que  vc  possa  achar ,ainda  será melhor  do  que  a feita  em  ccs....respondendo  a  sua pergunta , sim ,voce  pode  usar  um  termometro  infravermelho  para  fazer  esse controle sem  problemas ,inclusive  ja  utilizei  em um  passat  pois minha  versão  nao  era  compativel  de VCDS....mas se  quiser  e  estiver perto  posso te  emprestar  meu  cabo  sem  problemas.....

Com relação  ao  intervalo isso  é  relativo....em  função da severidade  de  uso  do  veiculo.....com  relação ao  tempo ,ja  troquei  de  jetta  com  10  anos e  o  fluido  estava simplesmente novo comprovando  depois  com  analise.....mas  ja  troquei  de  GTI com  5 kkm  de  garotada que  estava totalmente  quiemado......meu  GTI esta  com 15kkm 2014 e  nem penso  em  mexer.....pela  ccs teria  trocado  por  tempo  qd  o carro  tinha 5kkm!!!!  absurdo......só  ficou  uma  duvida  pra  mim,  como vai fazer  a "troca simultanea" entre  o  fluido  novo  e  o  usado  utilizando  o VAS 6262 ???abraço

Com relação ao termômetro infravermelho há que ser ficar atento a um pequeno detalhe: O índice de emissividade da coisa a ser mensurada. Superfícies puramente de metal ou dispositivos de alta emissividade, por exemplo, podem apresentar erros grotescos durante as medidas. Alguns termômetros digitais só conseguem sentir a energia infravermelha de objetos opacos. Geralmente eles vem acompanhados da tabela de índice de emissividade (para corrigir a distorção do resultado obtido), e que muitos desconhecem ou ignoram.

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Em 12/08/2017 at 9:07 PM, Thiagocs disse:

Fiz a 6ª revisão na semana passada. Como era de se esperar, mais um serviço lambão da concessionária VW (com esse, são 2 (DOIS) serviços mal feitos no ano, em concessionárias diferentes de Brasília/ o outro foi a troca do líquido de arrefecimento).

De antemão, antes que alguém me critique, dizendo que se eu já sabia que o serviço de concessionária era porco e que não era obrigado a levar meu carro no local, friso que fiz a bendita 6ª revisão por causa da garantia, do carimbinho. Estou com o ACC sem funcionar e, a depender do problema quando for regulá-lo em breve, a garantia será extremamente necessária, haja vista os preços “módicos” das peças do Golf.

Antes de contar os fatos que me motivaram a escrever o post, comentarei sobre a parte final da troca das velas, por também considerá-la importante.

A revisão caminhava dentro dos conformes, até que chegou o momento em que o mecânico apertaria as velas. Ao perceber que ele arrocharia no muque, sutilmente,  perguntei e sugeri se não seria interessante utilizar o torquímetro. Ele fez aquela cara de que tinha esquecido e de preocupação, foi lá, pegou a ferramenta e aplicou o torque correto nas velas. Creio que ficou envergonhado, pois durante o torqueamento, começou a me dar uma série de explicações, dizendo que seria bom para não ter fuga de corrente, que se apertar muito estraga a rosca do motor, etc e tal (aliás, muito do que ele falou eu não sabia).

Pois bem, eu já estava todo felizinho, com o óleo do motor trocado, as velas e as bobinas instaladas, a parte do motor onde fica o filtro do DSG montada, com o óleo esgotado do reservatório, faltando apenas colocar o novo óleo no câmbio 02E (DQ250)  para o encerramento. Utilizando uma ferramenta esquisita, que, posteriormente, fiquei sabendo se chamar VAS6262-A, o mecânico colocou 5 litros do óleo para dentro do reservatório do DSG. Depois, pegou o último pote e colocou mais da metade do líquido para dentro. Em seguida, assim que levantava o elevador, mostrava para mim que o óleo retornava à garrafa. 

Até então, tudo caminhava bem. Entretanto, para não perder o costume, faltava o "Grand Finale". Com o motor desligado, ele retirou a arroela do bocal de escoamento do reservatório do DSG e, imediatamente, colocou o parafuso, momento em que escorreu um pouco do líquido novo. Perguntei sobre o procedimento de nível, o qual já tinha ouvido falar, mas que, naquela época, sabia apenas o nome, não como devia ser feito (confesso que queria me passar por entendido, apenas citando o nome, sem saber patavinas do que realmente se tratava). Ele me explicou que a vareta que é colocada antes do parafuso que fecha o reservatório do DSG, determina, automaticamente, o nível correto. Após fechar o reservatório, ele entrou no veículo, ligou o motor, colocou nas várias posições do câmbio, pegou o notebook, apagou os erros que constavam na ECU e, pronto, encerrou a revisão.

Ocorre que, fiquei com a pulga atrás da orelha sobre a explicação do procedimento de nível. Procurei vídeos no Youtube sobre esse assunto e, para minha infelicidade, percebi que ele não foi feito porra nenhuma. O mexânico somente jogou o óleo dentro do reservatório e fechou!

Não quero falar sobre o misto de sentimentos que tive após tal descoberta (mais de decepção e tristeza). Cheguei ao ponto de me questionar se conhecimento faz bem, pois como diz o ditado "ignorância traz felicidade" (brocardo polêmico, a discussão é longa...). Pensei, então, que se não tivesse procurado saber como era o procedimento correto, não teria me sentindo mal durante a semana.

Todavia, passado alguns dias, sabendo que fizeram merda no meu carro e preferindo a dor do conhecimento a ignorância da “felicidade”, passei a procurar por informações técnicas. Aliás, o que deveria ter feito antes da revisão, por isso, um pouco da raiva e decepção que senti foi comigo mesmo.

Busquei o manual de serviço da VW e aprendi através de uma tradução meia boca do Google como deve ser realizado o procedimento de nível. A meu ver, é muito simples, somente demanda um pouquinho mais de capricho e boa vontade do mecânico.

Também vi mais uma dezena de vídeos no Youtube sobre esse assunto e, por ser fácil encontrá-los, não preciso postá-los por aqui, apenas lembrar que eles existem e são de fácil acesso.

Mas, o que me motivou a fazer esse post (além do desabafo), foi o excelente material da APTTA Brasil que encontrei, que segue exatamente o manual de serviço da fábrica (como tal apostila está disponibilizada no site deles, gratuitamente, não vejo problemas legais em postá-la). Não sei se alguém já postou (não pesquisei), se ainda não, penso que ajudará muito os proprietários do GTI (quiçá até de Jettas, Passats…). Leiam e entenderão a minha raiva, decepção, tristeza (comigo também). 

Portanto, para que amigos do fórum não sofram a mesma situação, disponibilizo o link do material da APTTA Brasil (http://www.apttabrasil.com/si/site/0705, Troca do fluido 6), bem como o pdf no Igrum (http://imgur.com/a/AzqyQ). Sugestão: imprimam e exijam que façam o serviço como prescrito pela fábrica.

Por fim, ao procurar soluções, já ciente como se deve executar o procedimento de nível, escutei tanta besteira, para não falar asneira, de mecânicos da Casa de Amigos e de uma oficina de ex-funcionários da marca das argolas, que prefiro nem comentar (assunto para outro post).

Hoje entendo o brocardo jurídico quem paga mal, paga duas vezes, muito parecido com aquele que diz, mais ou menos assim, que achará um mecânico caro após passar por um barato.

Vida que segue...

 

 

Diz aí: em qual concessionária você tentou fazer esse serviço? 

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16 horas atrás, iCardeX disse:

Diz aí: em qual concessionária você tentou fazer esse serviço? 

Grande, fiz na V12 a 6ª revisão. Para tentar consertar a mancada da primeira concessionária, falei com mecânicos que trabalham na Saga Epia, onde sempre levei meu carro quando estava na garantia.

Quando no texto acima citei a expressão "Casa de Amigos", quis fazer referência a Saga. Era o bordão que eles utilizaram por muito tempo em propagandas. Não sei se essa propaganda passava aqui no DF, era bem comum em Goiânia.

Por questões éticas, cristãs, espirituais, judiciais etc, prefiro não declinar o nome dos dois mecânicos que conversei aqui em público (se quiser saber, como vc reside no DF, te falo em off). Procurei o mais afamado da Saga Epia, o indicado por proprietários de golf mk7 (falam que ele é o cara do Golf), nome composto LP. Como estava de férias, indicou outro mecânico, de nome I.... Conversei com ele por Zap (devia ter arquivado a conversa para te mostrar, como a gravação que vc fez do mecânico de Sobradinho).

Quando ele falou, por aúdio no Zap, que para realizar a troca do óleo do DSG  precisaria do dia inteiro e que a temperatura do fluido deveria estar abaixo dos 100° C, imediatamente desisti. Já tinha lido esse manual da APPTA que postei e, tanto nele quanto no Manual de Serviço da fábrica, em momento algum mencionam tal temperatura. Falam que para drenar deve estar abaixo de 50° C e para fazer o procedimento de nível entre 35° e 45° C. Então, percebi que o mecânico tirou essa referência da cabeça dele, sem nenhuma base (e o cara é mecânico da marca).

Então liguei na oficina Auto...., de propriedade de ex-funcionários da concessionária Audi, em Bsb. Conversei com um rpz, que não lembro o nome e, no decorrer da conversa, quando ele fala que o procedimento de nível deve ser feito com 48° C de temperatura do fluido, desanimei. Vi que citou um número qualquer, embora próximo do máximo do indicado. Percebi que não tinha lido manual de serviço ou outra referência, como da APPTA ,  e a temperatura que utilizou também saiu da cabeça dele.

Acabou que esses dois fatos, somados 6ª revisão feita na V12, me motivaram a postar a apostila do procedimento aqui no fórum e a fazer o tópico, quiçá para que colegas não experimentem o mesmo desgosto que eu. Se em 2 concessionárias autorizadas da marca VW e em outra referendada, com ex-mecânicos da Audi, os caras não sabem fazer a troca correta, imagina o restante da galera... vai que algum dia essa apostila chega nas mãos deles....

Confesso que sou chato mesmo, mas o que me incomodou não foram apenas os 3°C a mais do último mecânico, ou  os ditos 55° C para drenar do primeiro, mas aquele bom e velho "jeitinho brasileiro", de tentar enganar o outro, utilizando o "desconhecimento" da outra parte, para levar vantagem. Para isso, citam um número cabalístico qualquer, passando a imagem de que são entendidos e especializados no assunto, mas no fundo, sabem p... nenhuma.  O cara me conquistaria se dissesse que não sabe, mas se informaria e descobriria as referências corretas para fazer o serviço. Como diziam nos protestos de 2013/2014 no Brasil, não é apenas por R$ 0,10 ou R$ 0,15 centavos (não lembro ao certo o valor) de aumento na passagem...

Por fim, fui na oficina do Pedro Paulo Automáticos (referendada pela APTTA). Conversei com o dono, gostei do que falou, porém, infelizmente, deixarei para trocar esse fluido mais para frente, pois nem paguei a 6ª revisão ainda e a brincadeira sai por mais R$ 1.000,00. Rezo para que nesse meio tempo não ocorra algum problema no meu câmbio DSG ou mesmo traga algum problema no futuro.

É isso, qualquer dúvida, é só perguntar por aqui. 

Abs!

P.S.: aproveitando a oportunidade, quero lhe parabenizar pelo seu relato da troca da embreagem, excelente!!! Nota 1000!!!

 

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2 horas atrás, Thiagocs disse:

Grande, fiz na V12 a 6ª revisão. Para tentar consertar a mancada da primeira concessionária, falei com mecânicos que trabalham na Saga Epia, onde sempre levei meu carro quando estava na garantia.

Quando no texto acima citei a expressão "Casa de Amigos", quis fazer referência a Saga. Era o bordão que eles utilizaram por muito tempo em propagandas. Não sei se essa propaganda passava aqui no DF, era bem comum em Goiânia.

Por questões éticas, cristãs, espirituais, judiciais etc, prefiro não declinar o nome dos dois mecânicos que conversei aqui em público (se quiser saber, como vc reside no DF, te falo em off). Procurei o mais afamado da Saga Epia, o indicado por proprietários de golf mk7 (falam que ele é o cara do Golf), nome composto LP. Como estava de férias, indicou outro mecânico, de nome I.... Conversei com ele por Zap (devia ter arquivado a conversa para te mostrar, como a gravação que vc fez do mecânico de Sobradinho).

Quando ele falou, por aúdio no Zap, que para realizar a troca do óleo do DSG  precisaria do dia inteiro e que a temperatura do fluido deveria estar abaixo dos 100° C, imediatamente desisti. Já tinha lido esse manual da APPTA que postei e, tanto nele quanto no Manual de Serviço da fábrica, em momento algum mencionam tal temperatura. Falam que para drenar deve estar abaixo de 50° C e para fazer o procedimento de nível entre 35° e 45° C. Então, percebi que o mecânico tirou essa referência da cabeça dele, sem nenhuma base (e o cara é mecânico da marca).

Então liguei na oficina Auto...., de propriedade de ex-funcionários da concessionária Audi, em Bsb. Conversei com um rpz, que não lembro o nome e, no decorrer da conversa, quando ele fala que o procedimento de nível deve ser feito com 48° C de temperatura do fluido, desanimei. Vi que citou um número qualquer, embora próximo do máximo do indicado. Percebi que não tinha lido manual de serviço ou outra referência, como da APPTA ,  e a temperatura que utilizou também saiu da cabeça dele.

Acabou que esses dois fatos, somados 6ª revisão feita na V12, me motivaram a postar a apostila do procedimento aqui no fórum e a fazer o tópico, quiçá para que colegas não experimentem o mesmo desgosto que eu. Se em 2 concessionárias autorizadas da marca VW e em outra referendada, com ex-mecânicos da Audi, os caras não sabem fazer a troca correta, imagina o restante da galera... vai que algum dia essa apostila chega nas mãos deles....

Confesso que sou chato mesmo, mas o que me incomodou não foram apenas os 3°C a mais do último mecânico, ou  os ditos 55° C para drenar do primeiro, mas aquele bom e velho "jeitinho brasileiro", de tentar enganar o outro, utilizando o "desconhecimento" da outra parte, para levar vantagem. Para isso, citam um número cabalístico qualquer, passando a imagem de que são entendidos e especializados no assunto, mas no fundo, sabem p... nenhuma.  O cara me conquistaria se dissesse que não sabe, mas se informaria e descobriria as referências corretas para fazer o serviço. Como diziam nos protestos de 2013/2014 no Brasil, não é apenas por R$ 0,10 ou R$ 0,15 centavos (não lembro ao certo o valor) de aumento na passagem...

Por fim, fui na oficina do Pedro Paulo Automáticos (referendada pela APTTA). Conversei com o dono, gostei do que falou, porém, infelizmente, deixarei para trocar esse fluido mais para frente, pois nem paguei a 6ª revisão ainda e a brincadeira sai por mais R$ 1.000,00. Rezo para que nesse meio tempo não ocorra algum problema no meu câmbio DSG ou mesmo traga algum problema no futuro.

É isso, qualquer dúvida, é só perguntar por aqui. 

Abs!

P.S.: aproveitando a oportunidade, quero lhe parabenizar pelo seu relato da troca da embreagem, excelente!!! Nota 1000!!!

 

Resta o consolo de que o seu GTi não foi o primeiro, e nem o último que eles executaram desserviço, e sem problemas aparentes.. Esperando o dia que  High Torque vai inaugurar por aqui, e acabar com essa palhaçada que fazem com os nossos veículos. Até lá vamos garimpando até encontrar uma alma menos sebosa.....

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